14 de mar. de 2012

A família no desenvolvimento infantil

     O grupo familiar é um espaço privilegiado e propício para a constituição psíquica e socialização da criança nos primeiros anos de vida. Essa relação inicia logo no nascimento, onde a interação mãe-filho torna-se a matriz das relações familiares; é a mãe quem irá apresentar o meio externo e ajudar o bebê a estruturar seu mundo, conferindo a ele sentidos de realidade.

      O que caracteriza as principais bases da família é a qualidade
das trocas afetivas entre os integrantes e as suas representações sociais. Não importa como é constutida a família (pais solteiros, do mesmo sexo, casados pela segunda vez, etc), mas sim a segurança com que a criança será concebida e cuidada por adultos que assumam a responsabilidade e funções parentais. 

    É neste contexto que a criança fará parcerias necessárias ao seu desenvolvimento e as primeiras negociações com o outro - pais e irmãos - que permitirá a assimilação de valores e, no futuro, a inserção em outros grupos. Cada uma das pessoas com quem a criança convive terá papel fundamental no modo como ela aprenderá a negociar seu espaço em um grupo e a criar um estilo de se relacionar; o bebê ressignifica experiências vividas com todos as pessoas do ambiente familiar. Essas formações de alianças (pais-filhos, irmão-irmão) se apresentam como fundamental no amadurecimento individual e grupal; nunca esquecendo que cada indivíduo se diferencie do outro, mantendo, no entanto, sua vinculação com o grupo.

      Espelhar-se no outro para se identificar, se reconhecer e se diferenciar - este é o movimento que caracteriza a constituição psíquica do indivíduo e que também coordena a estruturação familiar; é por meio da identificação com o outro que nasce a individualidade. O convívio do bebê com outras crianças do ambiente familiar ou não, é muito importante para o desenvolvimento das habilidades sociais; sob a forma de jogos e brincadeiras exercitam regras básicas de sociabilidade com colegas e irmãos.
     
  A criança depende do outro para para se inserir em uma cadeia de humanização e encontra nele os recursos indispensáveis ao seu processo de socialização.

    

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