Um filho começa a existir não a partir do seu nascimento, mas a partir do desejo e amor que os pais sentem por ele.
Com o nascimento do primeiro filho, o sistema parental é formado. Homem e mulher, além de marido e esposa, tornam-se também pais. O nascimento de uma criança pode gerar mudanças em toda a estrutura familiar. A mulher passa por toda a transformação física, as emoções acometem os novos pais, assim como surge também, não só com o primeiro filho, a grande expectativa pelo filho ideal, lindo, perfeito, que será o melhor dos melhores em todo o mundo!
Com o nascimento do primeiro filho, o sistema parental é formado. Homem e mulher, além de marido e esposa, tornam-se também pais. O nascimento de uma criança pode gerar mudanças em toda a estrutura familiar. A mulher passa por toda a transformação física, as emoções acometem os novos pais, assim como surge também, não só com o primeiro filho, a grande expectativa pelo filho ideal, lindo, perfeito, que será o melhor dos melhores em todo o mundo!
Mas sabemos que algumas vezes isso pode não acontecer e por vários fatores o bebê pode nascer com alguma necessidade especial. Que fatores são estes? Falta de acompanhamento médico desde o início; alimentação adequada da mãe; vícios ou hábitos nocivos dos pais; alterações genéticas; hereditariedade; complicações no parto, entre outros mais.
Ok, meu filho é especial. E agora?
Muitas vezes o mais difícil é admitir que o filho não é aquele que os pais idealizaram. Sentimentos de tristeza, angústia, depressão, rejeição ou choque começam a fazer parte do contexto familiar. É preciso buscar o máximo de informações médicas sobre a especificidade do bebê, implicações sobre a necessidade especial, bem como um acompanhamento com psicólogo que possa oferecer apoio para saber lidar com todos esses sentimentos, para que o desejo, a aceitação e o amor possa voltar a existir na família, principalmente na relação mãe-filho - primordial para o desenvolvimento de qualquer criança.
Conhecendo e aceitando a necessidade do bebê, é preciso visualizar as potencialidades dele. Muitos pais se "agarram" à palavra deficiente ou especial e não conseguem acreditar na sua criança, perceber o quanto ela é capaz - o que prejudica, e muito, no seu desenvolvimento. É preciso buscar todos os recursos e terapias que possam facilitar o crescimento e aprendizagem do filho: terapias (fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional), estimulação precoce, escolas e entre outros.
Com o sentimento de aceitação consolidado e a busca do aperfeiçoamento de seu potencial e desenvolvimento de habilidades, é preciso cuidar com a superproteção. A criança especial demanda mais cuidados sim, mas é preciso que os pais lembrem-se sempre das capacidades de seu filho. Alguns pais passam a se doar integralmente à criança, alterando a estrutura familiar existente - outros filhos passam a ter responsabilidades que não condizem com a idade ou são deixados de lados e passam a não ter o mesmo carinho e atenção que o filho especial recebe; o sistema conjugal começa a apresentar dificuldades também, já que um dos pais se dedica totalmente a este filho especial.
Outro aspecto da superproteção é querer que o filho não passe por nenhuma frustração ou dificuldade pessoal. Além da estimulação física, a criança precisa se estimulada socialmente também. Receber as mesmas condições, direitos e deveres que os outros irmãos ou crianças de sua convivência recebem; enfrentar situações difíceis e se magoar, irá auxiliá-lo a perceber seus limites, que a vida é feita de regras e que o mundo não é perfeito.
Como para qualquer outra criança, um ambiente familiar estruturado, adaptado, onde haja carinho e amor, no qual a criança possa se sentir segura e admirada, é primordial para o crescimento e desenvolvimento da criança especial.
"No meio da diferença, existe uma beleza muitas vezes invisível aos olhos, mas sensível ao coração."
Os portadores de necessidades especiais, muitas vezes são mais capazes de realizações do que pessoas tidas como "normais".
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