22 de jan. de 2013

A difícil arte de... alimentar!

     Neste post não vou falar sobre calorias ou melhores alimentos, mas sobre a "simples e complicada" hora da refeição. Um ato que faz parte da rotina de todos, mas que em algumas casas torna-se um campo de batalha entre pais e filhos!

    Todo pai e mãe quer que seu filho coma bem para que possa crescer e se desenvolver. Aos poucos a criança descobre que comida é uma das coisas com que os pais mais se preocupam, e aí em algumas famílias a hora da refeição pode ocorrer mais facilmente, em outras, nem tanto.  Mais uma vez, este é uma etapa que irá exigir paciência e persistência dos pais ou cuidadores.

    A alimentação infantil é uma questão emocional desde o princípio. O ato de amamentar é um momento especial de ligação entre pais e filhos, é sinal de que aquele serzinho depende exclusivamente de você. Quando este serzinho começa a ter necessidades de outros alimentos e a não depender apenas do seu leite, muitos pais sentem um misto de emoções. Mas lembrem-se, seu filho está crescendo e se tornando um ser maravilhoso!! 

    Com o passar dos anos, a hora da refeição se torna um momento de aprendizagem. Mas a criança não irá aprender como se alimentar sozinha, é preciso educar desde o início.

- Do que ele gosta? Os alimentos deverão ser apresentados gradualmente ao bebê. Cuspir, passar a mão, babar bastante, colocar a língua para fora significa que ele está descobrindo o que é aquele alimento, com textura e consistência diferente. Espere algumas semanas e ofereça o alimento novamente, a expressão facial é o melhor indicador do que ele gosta ou não.

- Horários Defina os horários para as refeições e mantenha-os fixos, isso cria a rotina que é essencial para crianças. Como os pequenos não sabem ver as horas, avise que a refeição será servida em pouco tempo ou chame para ajudar a arrumar os pratos na mesa. A hora do lanche no meio da manhã ou tarde também deve ser avisada.

- Não force É normal a diminuição de apetite por volta de 1 a 2 anos. Não force a criança a comer, mas ofereça  alimentos coloridos e em pequenas porções. No caso das crianças maiores, elas já conseguem distinguir o que gostam ou não e a mãe provavelmente também já irá conhecer as preferências de seu filho. Caso ele deixe de gostar de algum alimento, não faça muito caso, nem dê muita atenção; espere alguns dias e ofereça o alimento novamente... a mãe pode se surpreender! Se a criança não quiser comer o que foi oferecido, não a force a comer tudo, chegue a um acordo, como por exemplo "mais 2 colheradas", e deixe ela sair da mesa; não ofereça alguma outra guloseima ou petisco, pois ela precisa aprender quais são os horários das refeições e que não está em um restaurante. Use o equilíbrio quanto ao tempo para finalizar a refeição, geralmente as crianças levam aproximadamente 20 minutos para terminar um prato; se você pressionar pode transformar o ato de comer em fonte de ansiedade.

- Regras Sabemos que as crianças começam a testar os limites dos pais e a hora da refeição pode ser uma momento para isso, pois é uma das primeiras oportunidades de experimentar independência. É preciso  estabelecer regras para todos na casa e mostrar à criança que ela faz parte da família e não pode fazer tudo o que quiser. Sentar na mesa, usar guardanapo, falar "por favor", pedir licença, desligar a TV, não brincar com a comida (quando já forem maiores, porque para os bebês isso não é tão errado assim) são algumas das regras que os pais podem estabelecer. E caso as regras não sejam cumpridas, a forma de disciplina estipulada (por exemplo, o cantinho do pensamento) deve ser utilizada por alguns minutos para depois a criança voltar a sentar na mesa.

- Doces Educação alimentar também é educar. Crianças não nascem sabendo o sabor do chocolate ou do pirulito; elas sabem que o sabor doce é gostoso, mas não conhecem as guloseimas do nosso dia a dia. Seu filho irá comer o que aprender a comer. Não é errado oferecer doces para as crianças, mas cuidado com o excesso e, principalmente, para não começar a utilizar as guloseimas como forma de convencer seu filho a comer ou como prêmio para bom comportamento. Quanto mais tarde os pais oferecerem doces industrializados para a criança, mais alimentos saudáveis ela irá ter conhecido antes de comer um chocolate.


    A hora da refeição é um momento de reforçar o vínculo familiar; momento onde regras, valores, hábitos alimentares e sociais são passados de pais para filhos. Com a correria de hoje, isto está se tornando mais raro, mas é preciso que os pais consigam um espaço na agenda ou nos finais de semana para que esse encontro possa acontecer, sem muitas interferências externas (brigas, trabalho, etc), e que se torne um momento de escuta, aproximação e troca de afeto.


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